Sonhando Alto
Passando ultimamente por tantas adversidades, perdendo e tendo que abrir mão de tanta coisa, tendo que violentar meus desejos, sentindo-me perdido e confuso, e querendo distrair minha mente, peguei, ao acaso, um filme para assistir baseado em seu título, seu elenco e numa, como sempre, pobre sinopse.
E, por mais uma dessas coincidências da vida, encontrei um dos filmes mais emblemáticos que já assisti. Cheio de mensagens, despejou em mim uma carga muito forte de símbolos e parábolas nessas horas de angústia e tormento.
A principal delas é a de que o amor incondicional de uma família é a fonte maior para a realização e o sucesso de um indivíduo, apesar de qualquer fama, aparência ou preconceito que possa gerar contra si.
"Sonhando Alto", filme estrelado por Billy Bob Thornton, um de meus atores preferidos, conta a história de um astronauta da NASA, Charles Farmer, que, depois do suicídio de seu pai, se vê forçado a se aposentar para salvar a fazenda de sua família. Mas ele não desiste do seu sonho de viajar pelo espaço e começa a construir seu próprio foguete, mesmo com as ameaças do govêrno de impedi-lo.
Esse filme simples, mas rico e primoroso em sabedoria, encerra mil poesias como no seguinte texto, dito pelo personagem principal, que muito me marcou, mostrando quando e o quanto o apoio e a confiança da família faz de um simples homem um gigante:
"Quando somos crianças, queremos ser iguais ao nosso pai.
Depois, quando viramos adolescentes, não queremos mais ter nada a ver com ele. E quando ficamos adultos, acabamos iguaizinhos a ele.
Meu pai me ensinou uma coisa quando morreu: Não estava morrendo, estava desistindo.
Não importa o que aconteça comigo hoje. Meus filhos verão que não desisti. E posso morrer sabendo disso."
Fiquei pensando:
Sonhar... desistir... mas não desistir de sonhar!
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