(Mário Quintana)

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terça-feira, 20 de março de 2007

O Pequeno Segredo

© Walmir Lima
Mário Quintana

Pensei muito, muito mesmo. Incentivado pelo Ernesto, finalmente tomei coragem e resolvi publicar uma poesia que tem minha participação na autoria, juntamente com, nada menos que... o mestre. Sua história é a seguinte...

O que eu vou contar talvez responda uma pergunta que me fizeram outro dia: de onde vem tanta admiração por Mário Quintana?

A admiração pelo poeta já existia, mas se tornou esse verdadeiro fascínio depois desse episódio em que o conheci pessoalmente. Ao saber o que vou revelar agora, estou certo de que vocês vão entender tudo: o que me marcou.

Há muito tempo, numa de minhas viagens ao Sul, fui a uma livraria onde estava Mário Quintana participando de um evento literário.

Ele, como sempre, centro das atenções, cercado por vários amigos e admiradores, discorria sobre um tema, que, como tudo que partia dele, cativava a todos e soava como a verdade definitiva.

Respondendo a uma pergunta sobre como se manifestava a inspiração, disse que todos tinham o potencial criador ou ‘veiculador da arte” (como ele costumava expressar). Bastava um impulso motivador, inspirador. E para exemplificar, pegou alguém dos ouvintes para, ali, a partir de um trecho de uma poesia sua, alterá-la ou completá-la, de improviso...

O escolhido,....pasmo,....fui eu.

E saiu uma pequena poesia, que anotei e guardei.

Hoje, nesse momento em que eu volto a escrever, a poesia dele cai bem a propósito, como uma luva, dentro do tema da inspiração, para expressar o que estou sentindo,...o que estou pedindo.

ORAÇÃO

Dai-me a alegria
Do poema de cada dia.
E que ao longo do caminho
Às almas eu distribua
Minha porção de poesia
Sem que ela diminua...
Poesia tanta e tão minha
Que por uma eucaristia
Possa eu fazê-la sua
..............
A minha carne e meu sangue
Em toda a ardente impureza
Deste humano coração...
Mas, ó Coração Divino,
Deixai-me dar de meu vinho,
Deixai-me dar de meu pão!
Que mal faz uma canção?
Basta que tenha beleza...

Mário Quintana

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15 Comentários:

Blogger Ernesto Dias Jr. disse...

Não espere meu incentivo: escreva sempre. Não fazia sentido manter essa pérola escondida aí na gaveta, não é?
Abração

21 de março de 2007 às 01:06  
Blogger Anne M. Moor disse...

Que beleza! E Mário Quintana é sempre Mário Quintana... Parabéns Walmir!

23 de março de 2007 às 08:49  
Blogger Udi disse...

Olha só! Voltando em grande estilo, hein? Também, prá quem desencalhou um navio... o que é abrir uma gaveta e desengavetar palavras que abrem corações?
Sabe? Acho que contar o processo de produção a 4 mãos com o Mario Quintana, pode não ser lá muito poético e até quebrar um pouco a magia, mas daria um post bem interessante.
Wellcome back (e pede pro Ernesto te colocar lá no destaque do Assertiva)

24 de março de 2007 às 10:00  
Anonymous Anônimo disse...

OiWalmir;
Lindo poema.A beleza merece ser compartilhada. Grata pela agradavel companhia e excelente "prosa".Também pela flor da fortuna,que ja começou cumprindo bem seu papel:enriquecendo-me as amizades.Bjo
Lú.

24 de março de 2007 às 18:21  
Blogger Ernesto Dias Jr. disse...

Udi:
Um dos quesitos ele parece estar preenchendo com louvor.
Só falta agora a constância...

25 de março de 2007 às 11:17  
Blogger Udi disse...

Walmir, apresente-nos a Constância!
Como é ela? Loura ou morena?

26 de março de 2007 às 09:11  
Blogger Walmir Lima disse...

Udi, nem queira saber....Essa maldita Constância é uma figura que me persegue a vida toda, pegando no meu pé e me cobrando. Uma chata! É uma criatura pubiana e de tremendo mau humor. Seus cabelos alambrados, a cara amarrada e o seu jeitão a deixam idêntica à Dilma Rousseff,sua sósia. Disconjuro!!!

26 de março de 2007 às 20:14  
Blogger Walmir Lima disse...

Anne, Udi, Lú e Ernesto,
Grato pelo amor de vocês. É isso que nos anima e nos inspira a criar.
Já dizia o mestre: 'Não é o leitor que descobre um poeta, é o poeta quem "descobre" o leitor'. Um beijo!

26 de março de 2007 às 20:16  
Blogger Udi disse...

Walmir, a gente vai se esforçar prá dar uma melhorada na Constância e, se não formos bem-sucedidos, vamos procurar uma homônima mais resolvida prá te apresentar, ok?
Mas não nos deixe sem leitura.

27 de março de 2007 às 09:38  
Anonymous Anônimo disse...

Walmir:criatura pubiana? .Adorei o eufemismo.Quer dizer: Vc tb tem lá seus dias de plebeu embora o porte e o comportamento de nobre né(rss).Realmente gostei. Do eufemismo e da postura relax.Great!!
Bjo.

27 de março de 2007 às 10:52  
Blogger Unknown disse...

Amei e amarei Mario Quintana, sábio e único.
"Os verdadeiros analfabetos são os que aprenderam a ler e não lêem."

Mario Quintana (Caderno H)

Beijokas no coração

6 de maio de 2007 às 20:50  
Blogger Walmir Lima disse...

Aline: Obrigado pela frase. Vai direto para a galeria das que aparecem, aleatóriamente, quando se abre 'O Centauro'. Valeu!

7 de maio de 2007 às 00:52  
Anonymous Anônimo disse...

Poxa pai, que beleza hein, fico muito orgulhoso você sabe né!

27 de setembro de 2007 às 14:20  
Blogger Walmir Lima disse...

Filhote,
O orgulho é meu em saber que você tem lido. Espero que leve esse hábito aos bons livros que recomendo.

27 de setembro de 2007 às 20:39  
Blogger ana disse...

Walmir,
qué honor conocer a M.Q. en persona.
Me gusta la frase que he leído por algún sitio en tu blog, esa que dice que a el,(M.Q.), le gusta el signo de la interrogación, (¿) porque le recuerda a una oreja que escucha...
Me parece un hombre entrañable, cuya sencillez es capaz de llevarnos con sus palabras al interior de nuestras almas.
Nuestro particular "veiculador da arte" tu inspiración, la de todos nosotros, asoma a las lineas de nuestros poemas, mejores o peores, son nuestros.
Fue un honor especial poder completar o cambiar con su permiso, una de sus poesías,
no me extraña entonces que te guste tanto él. Grande tu secreto.
afecto,
ana.

26 de janeiro de 2008 às 14:24  


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15 Comentários:

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