(Mário Quintana)

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domingo, 27 de janeiro de 2008

Bem-vinda, Pituca!

© Walmir Lima
Pituca
(foto tirada hoje, dia 26 de Janeiro de 2008)


Diz o ditado que "O melhor amigo do homem é o cachorro".

Sempre achei que quem se faz de "melhor amigo do homem" é o Gerente do Banco - mas somente quando quer lhe vender mais uma quota de seguro.

Mas, deixa isso pra lá...

Desde que, aos 5 anos de idade, vi meu dócil cãozinho "vira-latas" preto e de patas brancas, chamado "Veludo", ser atropelado e morto por um automóvel, lá em Santos, não quis mais ter um dentro de minha casa. Não que eu não goste deles, só detesto mesmo os cães mais violentos, mas aquela cena traumatizante ficou para sempre gravada em minha mente.

Eu, como toda criança, simplesmente amava meu cãozinho de estimação.

Já li e até escrevi alguma coisa a respeito desses bons amiguinhos e daí guardei algumas frases de meus pensamentos.

Um cão é um anjo que vem ao mundo ensinar amor.

Quem mais pode dar amor incondicional, amizade sem pedir nada em troca, afeição sem esperar retorno, proteção sem ganhar nada, fidelidade vinte e quatro horas por dia?

Um cão não se afasta! Mesmo quando você o agride, ele retorna cabisbaixo, pedindo desculpas por algo que talvez não tenha feito, lambendo as suas mãos a suplicar perdão.

Alguns anjos não possuem asas, possuem quatro patas, um corpo peludo, nariz de bolinha, orelhas de atenção, olhar de aflição e carência. Apesar dessa aparência, são tão anjos quanto os outros (aqueles com asas), e dedicam-se aos seus humanos tanto quanto qualquer anjo costuma dedicar-se.

Deus, quando nos fez humanos, sabia que precisaríamos de guardiões materiais que nos tirassem do corpo as aflições dos sentidos,e nos permitissem sobreviver a cada dia com quase nada além do olhar e da lambida de um cão...

A história que conto agora aconteceu na semana passada.

Vejam se eu não tenho razão. . .

"Pituca" é o nome de uma brincalhona cadela Cocker Spaniel, de 8 anos e côr "whiskey" brilhante, que pertence a meus filhos desde bem pequenina.

Há um ano e meio ela simplesmente desapareceu, subitamente, sem deixar vestígios. Alguém a encontrou na rua, durante uma de suas escapadas, e a levou, não se sabe para onde. Pensamos até que ela poderia ter morrido atropelada, ou algo assim. Sumiu.

Pois bem, Sábado passado, depois de tantos meses, ela surgiu, de surpresa, na porta da casa deles, esgotada, ofegante e faminta, toda ensopada pela forte chuva que caía. Voltou justo no fim-de-semana... Foi "aquela" festa!

O mais incrível, pasmem, é que, na Sexta-feira, dia anterior ao seu reaparecimento, o pessoal ficou folheando um álbum onde estão fotos da Pituca. Meu netinho, Antonio, com toda sua pureza - ele que tinha somente um ano e pouco de idade quando a Pituca desapareceu - começou a chamar pela Pituca pelos cantos da casa!

Decerto ele pressentiu que ela estava chegando. Uma dessas coisas que só Deus explica.

Diz-se que o animal que tem a melhor memória é o elefante, no entanto, a cadelinha Pituca provou que não é bem assim. A amizade incondicional desse animalzinho faz milagres e fez com que ela encontrasse o caminho de volta, mesmo debaixo de chuva, ocasião em que seu faro não deve ter ajudado em nada.

É um belo exemplo de um certo tipo de amizade, amor e fidelidade que só os cães sabem demonstrar.

Quando a vi hoje, pela primeira vez após sua volta, e ela me olhou bem nos olhos, com uma expressão de alegria por me ver de novo, apesar de seus olhos cansados, senti como se Veludo tivesse renascido diante de mim.

E eu também renasci mais um pouco, pelos olhos da Pituca...


(foto tirada em 26 de Janeiro de 2008)

A Pituca está de volta... Bem-vinda, Pituca!

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28 Comentários:

Blogger ana disse...

Una historia increible y hermosa Walmir.
Recuperar algo cuando ya se cree perdido es algo que nos da una felicidad especial. Además no se puede explicar con palabras (yo no puedo) las sensaciones hermosas que se viven en los instantes del reencuentro; son profundas y se retuercen agarrotando el corazon, extrujándolo. El abrazo con el perro reencontrado y la felicidad mutua es indescriptible.
Walmir, yo tube 15 años una cocker spaniel, se llamaba "Nela" (de canela), la amé mucho y ella a mí.
Un día te contaré nuestra historia con final amargo.
Un gran besode domingo,
ana.

27 de janeiro de 2008 às 07:11  
Blogger Anne M. Moor disse...

NADA acontece por acaso... Animais - cachorros e gatos - que sempre tive a minha volta demonstram exatamente o que contas aqui. Lindo e viva a Pituca que soube voltar pra casa...
Abraços dominicais

27 de janeiro de 2008 às 09:20  
Blogger  disse...

Ai Caramba, acho que vou chorar de novo!
O olhar inocente e puro, sempre traz lágrimas aos olhos.
Que lindinha que ela é...
Bjo Pituca.
Lú.

27 de janeiro de 2008 às 10:45  
Blogger Jorge Lemos disse...

Walamir:
Como cachorreiro mor que sou, só tenho sete delas em casa, sua história enterneceu-me. Vivemos aqui em casa sempre ao sobressaltos pela idéia de as perder. Pituca é um claro exemplo da fidelidade, predicado que os poucas pessoas praticam.
Estmos, em casa, recolhendo histórias como a que você acaba de nos contar.

Ao receber o jornal na minha porta, ontem, fui compelido a ir buscar a página do "Social Pet"
onde a minha "Panty" ganhou foto colorida com laçinho no pescoço.

Congratulações pelo feliz retorno de Pituca. Dê nela um afago carinhoso por mim.

27 de janeiro de 2008 às 11:19  
Blogger Udi disse...

Que história linda!
...e dá uma curiosidade de saber que histórias a Pituca teria prá nos contar, nénão?!

27 de janeiro de 2008 às 11:53  
Anonymous Anônimo disse...

Papito....

Q lindas histórias não é mesmo??!!

Vc não imagina a alegria ao reencontrar Pituca com aquela carinha linda q só ela tem e com aquela vontade visível de um abraço, qdo a reencontrei minha emoção foi tamanha q não consegui descrever, ela é parte da família, muito querida, e qdo ausente sempre lembrada, qdo digo abraço, foi exatamente isso que ela me deu, um grande abraço e várias lambidas no rosto, rsrsrs Foi realmente inesquecível Obrigada pela linda matéria, t amo papito

27 de janeiro de 2008 às 19:58  
Anonymous Anônimo disse...

Quanta emoção de um Fiel Amigo!
Que lindo Walmir!
Isso nos emociona
muito...muito...
Criança...cachorro....amigo...tê-los para sentí-los...
Beijos em seu lindo coração,

Maria Helena.

P.S.Reli com Gabi,9 anos, que emocionada...chorou de soluçar...

27 de janeiro de 2008 às 23:56  
Anonymous Anônimo disse...

Decerto Pituca ouviu (sentiu?) o chamado do Antonio. Corações puros batem na mesma frequência, em sintonia...não sei...ainda pensando...muito.

28 de janeiro de 2008 às 08:46  
Blogger A.Tapadinhas disse...

Comovente relato que, só quem tem um desses amigos de quatro patas, sabe ser verdadeiro... Antonio, um aperto de mão do António!
Para o avô, um abraço!
António

28 de janeiro de 2008 às 10:26  
Blogger Walmir Lima disse...

Angela,
Certamente batem.

28 de janeiro de 2008 às 19:26  
Blogger Walmir Lima disse...

Estimado António,
Aperto de mão dado com prazer.
Quando falei do António, amigo dele de Portugal, sorriu curioso querendo saber onde fica.
Vou mostrar sua foto no Blog.

28 de janeiro de 2008 às 19:28  
Blogger Walmir Lima disse...

Ana, Anne, Lú, Jorge, Udi, Maria Helena...
Quanta gente linda que sabe o que é um olhar desses.
Derrete a gente!
Um beijo a todos.

28 de janeiro de 2008 às 19:32  
Blogger Walmir Lima disse...

Angela, filha,
Só de ver a alegria de vocês e, principalmente, a alegria e emoção do Antonio, dá pra saber o que vale uma Pituca.

28 de janeiro de 2008 às 19:35  
Blogger Maria disse...

E tem gente que insiste em duvidar do amor...To feliz por ti, amo os cachorros e ja passei por isso.

28 de janeiro de 2008 às 20:02  
Anonymous Anônimo disse...

olá tio, lemos seu cometário sobre pituca.... uma historia emocionante, pois acreditamos também qe os animais podem ser anjos....
e ela foi um anjo que retornou a sua vida e a vida de seus filhos....
qe ela seje muito feliz aos braços de uma familia tão especial que são vocêis...
curto muito cachorro espero uma dia vê-la e poder conhecer esse anjo...
pituca bem vinda novamente a familia...
Mil beijos de sua sobrinha que te adora muito...
abraço do valdir e um grande beijo da jô....

28 de janeiro de 2008 às 23:25  
Blogger Walmir Lima disse...

Oi, Maria!
Lindo esse amor puro, não?
Só quem tem pode dizer.

29 de janeiro de 2008 às 01:02  
Blogger Walmir Lima disse...

Oi, Mariana, meu amorzão!
A Pituca é mesmo especial, não é?
Você sabe como é. Conheço teu amor pelo "Schin".
Cachorro com nome de cerveja... só podia ser coisa do teu pai. rsrsrsrs
Um beijão do tio que te adora.

29 de janeiro de 2008 às 01:05  
Blogger Érica Martinez disse...

ESTOU AOS PRANTOS! sério.

30 de janeiro de 2008 às 08:45  
Anonymous Anônimo disse...

Poxa Walmir, que história linda!Maravilhosa.
Estou tão emocionada que...meus olhos estão cheios daquelas aguinhas salgadas sabe?
Beijos tate.

31 de janeiro de 2008 às 00:52  
Blogger vittorio disse...

O reencontro com o que amamos é algo sublime, profundo e mágico.

Como um ser racional pode ser tão perdulário com os sentimentos e não ver a beleza que estes iracionais nos dão em cada olhar em cadas retorno de nossas idas.

Você com uma sensibilidade infinita me proporciona momentos de profunda reflexão sobre o sentido da vida.

Espero poder retornar sem nunca ter partido para as coisas que me são próximas e que passam despercebidas.

31 de janeiro de 2008 às 02:24  
Blogger Ernesto Dias Jr. disse...

Linda história. Mas ela não é boba. Aguarde a ninhada.

31 de janeiro de 2008 às 19:56  
Blogger Walmir Lima disse...

Oi, Érica e Tate,
Concordo com vocês. Só esse olhar "pidão" da Pituca já deixa a gente com um nó na "guela", né não?!

31 de janeiro de 2008 às 23:09  
Blogger Walmir Lima disse...

Vittorio, amigo,
Como você sabe, os ensinamentos dos grandes sábios, desde sempre, mesmo antes do maior, Jesus Cristo, nos dizem que a busca essencial, e mais difícil, é a de compreender o verdadeiro sentido da vida.
É o que mais nos ajuda em nossa evolução espiritual.

31 de janeiro de 2008 às 23:58  
Blogger Walmir Lima disse...

Ernesto,
Tadinha da Pituca. Acho que a "sequestraram" simplesmente para cruzar e vender os filhotes.

1 de fevereiro de 2008 às 00:01  
Blogger Flavio Ferrari disse...

Nada como a volta de uma cachorra perdida para deixar um homem feliz...

6 de fevereiro de 2008 às 03:41  
Anonymous Anônimo disse...

Que maravilha o reencontro, ainda melhor quando conhecemos muito de perto os protagonistas da estória e os amamos tanto, fiquei feliz pelo retorno da Pituca, vcs todos merecem muito, nao tenho duvidas que o chamado vindo do pequeno Antonio foi ouvido sim se não pela Pituca por alguem lá de cima que sabe muito dos nossos sentimentos, eu já fiquei sem minha Sassá, por algumas penosas e tristes quase nove horas e foi um martírio, fiquei pensando tantas coisas e imaginando como seria ficar sem meu anjo de patas ao invés de asas, rs.... aliás falando nisso não posso deixar de dizer que chorei quando li: "são anjos que vem nos ensinar a amar" pois nunca antes tinha lido algo tão surpreendentemente forte e que definiu exatamente o que estes "anjinhos " representam para seus donos. Adorei saber do retorno da ANJA Pituca, Amei ler um texto tão especial e me emocionei como qualquer pessoa que também tem seu animalzinho e ja sofreu a angustia da perda mesmo que por algumas horas apenas bj carinhoso Troyolla (Raquel)

6 de fevereiro de 2008 às 14:44  
Blogger Walmir Lima disse...

Flávio,
E ainda mais com "zóinho pidão", né não?!

6 de fevereiro de 2008 às 16:54  
Blogger Walmir Lima disse...

Prezada Troyolla!
Que bom ter você se achegando por aqui e deixando a "bela marca" da sua presença, que me é tão cara e bem-vinda.
A minha Pituca (filhotona), com certeza, também se alegra.
Um abraço,
Walmir

6 de fevereiro de 2008 às 17:01  


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