Eu Mesmo
© Walmir LimaEstou em Paris, sentado às margens do Sena, La Rive Gauche, em um café ao lado da Depart Saint-Michel.
Não conheço uma única pessoa e não escuto o que dizem.
Eu vejo rostos - gente que nunca encontrei.
E me pergunto:
Quem são elas, o que elas fazem, e onde moram?
É estranho, pois é como se soubessem que penso nelas…
Um delicioso ‘confit de canard’, uma taça de vinho, uma água e um café…
De onde estou posso contemplar o Rio Sena e um poético pôr de Sol…
Eu fico só, escrevendo. Pouco importa se ninguém jamais ler o que escrevo.
E não me importa se meus escritos, minhas pinturas, meus quadros, minhas fotografias são bem diferentes entre si.
Através dessas diferenças, sempre procurei minha própria verdade - inconscientemente no começo, voluntariamente depois.
E, se minhas obras parecem cada vez ir por um caminho diferente, é porque elas correspondem a uma etapa da minha evolução pessoal.
Eu não quero ser famoso, eu só quero estar lá, com meus sonhos.
É melhor ser ninguém em algum lugar do que ser alguém em lugar nenhum.
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Marcadores: Crônicas
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4 Comentários:
Amém! Vais te mudar pra Paris? :-) Enjoy yourself.
bjs
Anne
Ah, Anne, minha querida, bem que eu gostaria. Esse é o lugar onde eu sou Eu Mesmo !!
O observador das coisas do mundo deve, pois, diferençar o meio em que um determinado ser vive e o meio que este percebe e do qual faz uma idéia graças aos seus orgãos dos sentidos.
Lhe foi dada a graça de ver e transmitir os seus momentos. Está escrito. Ninguem apaga este seu momento. Não invejo: desejo apenas que continui contemplando obelo. Vivo Paris, como Pequim, como Moscou, Louveira, com o mesmo sentimento. Sinto-me rei neste meu pequeno espaço que ocupo. Sinta-se tambem!
Abreijos
Lemos
Sólo dejarte un beso (gauche del todo)
ana
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