Linda Guerreira
© Walmir LimaLinda Guerreira
Noite escura, o vento soprava e o cheiro de mata penetrava com força pela varanda.
Minha fazenda ficava no meio da mata.
A rede balançava com vigor e os meus pensamentos de volta a você.
Um vulto percorria o muro e a silhueta selvagem vinha das sombras.
Movia-se com rapidez.
Novamente vinha sua lembrança.
Lembrança de doçura misturava-se à selvagem.
De repente, tudo se acalmou e, como num passe de mágica, lá estava a Lua abençoando com seu luar minha varanda.
O vulto selvagem de felina mostrava silhueta de mulher envolta em véus.
Do muro à varanda, vinha o perfume, vinha o aconchego, vinha mulher.
Seu contorno maravilhoso, deslumbrante se aproximava da minha rede.
Já não tinha mais véus.
Seu calor me envolvia num prenúncio de seu corpo quente.
Não via seu rosto, pois o luar só iluminava seu contorno.
Seus braços, seu corpo nu me queriam com desejo e ternura.
Seus lábios macios me envolviam seguidamente e me enlouqueciam de amor e volúpia.
Envolvemo-nos por um todo e unos desfilamos uma coreografia de intenso amor, enquanto a rede, por testemunha, nos embalava, freneticamente, por tempos infindos.
Molhados e extasiados, nos deliciamos por longas vezes.
Já não havia mais Lua, nem luar.
O amanhecer já dava sinais e os raios de Sol iluminavam minha varanda.
Não estava mais comigo e em meu corpo ficava o seu perfume e as marcas selvagens do seu carinho, de seu amor – amor de mulher meiga e felina.
Novamente vinha a sua lembrança.
Podia ver seu rosto, o seu sorriso e o detalhe dos cabelos.
Às vezes em desalinho, ao vento, e a suave trancinha se fazia notar como uma linda guerreira – guerreira da vida e do amor.
É um prazer conhecê-la, suave mulher, sensível, inteligente.
Noite escura, o vento soprava e o cheiro de mata penetrava com força pela varanda.
Minha fazenda ficava no meio da mata.
A rede balançava com vigor e os meus pensamentos de volta a você.
Um vulto percorria o muro e a silhueta selvagem vinha das sombras.
Movia-se com rapidez.
Novamente vinha sua lembrança.
Lembrança de doçura misturava-se à selvagem.
De repente, tudo se acalmou e, como num passe de mágica, lá estava a Lua abençoando com seu luar minha varanda.
O vulto selvagem de felina mostrava silhueta de mulher envolta em véus.
Do muro à varanda, vinha o perfume, vinha o aconchego, vinha mulher.
Seu contorno maravilhoso, deslumbrante se aproximava da minha rede.
Já não tinha mais véus.
Seu calor me envolvia num prenúncio de seu corpo quente.
Não via seu rosto, pois o luar só iluminava seu contorno.
Seus braços, seu corpo nu me queriam com desejo e ternura.
Seus lábios macios me envolviam seguidamente e me enlouqueciam de amor e volúpia.
Envolvemo-nos por um todo e unos desfilamos uma coreografia de intenso amor, enquanto a rede, por testemunha, nos embalava, freneticamente, por tempos infindos.
Molhados e extasiados, nos deliciamos por longas vezes.
Já não havia mais Lua, nem luar.
O amanhecer já dava sinais e os raios de Sol iluminavam minha varanda.
Não estava mais comigo e em meu corpo ficava o seu perfume e as marcas selvagens do seu carinho, de seu amor – amor de mulher meiga e felina.
Novamente vinha a sua lembrança.
Podia ver seu rosto, o seu sorriso e o detalhe dos cabelos.
Às vezes em desalinho, ao vento, e a suave trancinha se fazia notar como uma linda guerreira – guerreira da vida e do amor.
É um prazer conhecê-la, suave mulher, sensível, inteligente.
Sentir a sua energia – energia de alegria de bem viver.
Minha linda guerreira.
Minha linda guerreira.
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(Imagem retirada a pedido da autora)
(Imagem retirada a pedido da autora)
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24 Comentários:
Putz ... não consigo ler ...
"Lembrança de doçura misturava-se à selvagem"
Essa combinação é sempre fatal e maravilhoso... :-)
E sonhemos... que faz um bem danado!!
Flávio,
Use um "quebra-sol" que dá.
Anne,
Vivo sonhando com essa mistura felina e deliciosa.
Gostei da idéia de publicar fotos no blog. Da próxima vez bota um texto pra acompanhar.
Ernesto,
Acontece que é pintura a óleo.
E agora, viu o texto?
Acho que foi Flavio que escreveu numa postagem de Jorge Lemos, que não conseguia ler o poema do Mestre por causa da fotografia...
Confesso que lutei, como a linda guerreira, para ler o texto, mas consegui! E valeu a pena...
Abraço.
António
Olha Walmir, confesso que somente lí o texto, porque minha linda guerreira estava junto de mim, e fui obrigado a desviar os olhos da tela. Muito linda!
Eu, particularmente, acredito que o homem pode ser muito bem sucedido, ter realizado todos os seus sonhos, porém, acho que a sua felicidade atinge toda sua plenitude, quando ele tem o prazer de conhecer uma suave mulher, sensível, inteligente e, sentir a sua energia e a alegria de bem viver de uma divina e maravilhosa "Linda Guerreira".
Grato, António, meu amigo e companheiro de paleta.
Seus comentários me incentivam e enobrecem.
Um abraço
Amigo Rosemildo,
Estou total e absolutamente de acordo contigo.
Fico feliz em saber que você encontrou a sua Linda Guerreira.
A minha é só ficção e desejo.
MUITO LINDO TUDO POR AQUI...IMAGEM E TEXTO.
GOSTEI MUITO.
UM GRANDE ABRAÇO.
Oi, Luzimar
Obrigado pela visita.
Fico feliz que tenha gostado.
A idéia é que o ambiente visual lembre a Constelação do Centauro, com suas luzes e cores.
Além de eu ser de Sagitário (Centauro) a Astronomia sempre me fascinou e estudando um pouco, no passado, percebi que as constelações mais antigas surgiram entre os povos da Mesopotâmia, há quatro mil anos.
Tudo indica que eram utilizadas como orientação nas atividades agrícolas e náuticas.
Pertence a Claudio Ptolomeu (127-145 d.C.) um dos mais importantes catálogos estelares, o Almagesto, uma fabulosa obra composta por 13 volumes e onde estão relacionadas 1022 estrelas de 48 constelações, sendo 12 zodiacais, 21 ao Norte e 15 ao Sul, inclusive as quatro estrelas principais da tão significativa Cruzeiro do Sul, na época pertencentes à constelação do Centauro.
"Molhados e extasiados, nos deliciamos por longas vezes."
Não que não consiga ler... Plagiando o Flávio. É torturante ler...rs
Segui seus passos por causa da pulguinha que colocou atrás da minha orelha...rs
Esse lance de heterônimos...rsrs
Mas eita pulguinha abençoada... Assim conheci seu blog. E que blog!
Poesias de tirar o fôlego!
Beijos avassaladores!
A propósito, estive lendo posts antigos...
"Amor Virtual"...
Amor virtual continua tão atual como em 2007...rs
Que poema!!!!!!!!
Avassaladora é avassaladora até nos comentários.
Obrigado pela visita.
O pessoal tem reclamado que a imagem chama a atenção e tem dificultado a leitura.
Mas é uma bela pintura ultrarrealista que me agrada muito.
Espero que tenha paciência para ler também, pelo menos, as "Postagens Mais Visitadas".
Elas revelam um pouco de mim (se bem que penso que o Blog inteiro faz isso).
O poema "Amor virtual" veio numa hora em que senti que namorar pelo MSN é uma verdadeira tortura chinesa.
"Linda Guerreira" é outra manifestação virtual, mas é a do pensamento... Não tem essa máquina chamada computador pelo meio do caminho.
Um beijo, e volte sempre e avassale.
Oi...
Agora que eu reparei que no seu Blog "Minhs Vidas" você tem uma imagem que lembra muito o quadro que pintei mais recente e que ilustra minha postagem "De Alguém que Me Entende".
Gostei
Aliás, o seu "Minhas Vidas" é maravilhoso.
Sem palavras, caro!
Linda tela, lindo texto...
É, Amandita, esse quadro é muito inspirador mesmo.
Dá pra pensar até numa "Linda Guerreira", que, infelizmente não existe.
Mais um delírio meu.
Walmir,
O mais engraçado é que as lembranças são do rosto, sorriso e cabelo...
E as qualidades são a sensibilidade e a inteligência...
Tô achando que a foto foi para lembrar que além de tudo ainda era perfeita!!
Beijos
Sim, Ti,
Sensível e inteligente... Linda, perfeita, sem dúvida.
Mas me fez ficar lembrando Caetano quando disse:
"Esfregando a pele de ouro marrom
Do seu corpo contra o meu
Me falou que o mal é bom e o bem cruel."
Preferia que ficasse, e, cruel, se foi.
Ou, melhor...
Nunca veio.
Vem, meu menino vadio
Vem, sem mentir pra você
Vem, mas vem sem fantasia
Que da noite pro dia
Você não vai crescer
Vem, por favor não evites
Meu amor, meus convites
Minha dor, meus apelos
Vou te envolver nos cabelos
Vem perder-te em meus braços
Pelo amor de Deus
Vem que eu te quero fraco
Vem que eu te quero tolo
Vem que eu te quero todo meu
(Sem fantasia - Chico Buarque)
Walmir:
Canta e encanta.
Muito lindo
Beijo
Lú.
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24 Comentários: