Eu Mesmo
© Walmir LimaEstou em Paris, sentado às margens do Sena, La Rive Gauche, em um café ao lado da Depart Saint-Michel.
Não conheço uma única pessoa e não escuto o que dizem.
Eu vejo rostos - gente que nunca encontrei.
E me pergunto:
Quem são elas, o que elas fazem, e onde moram?
É estranho, pois é como se soubessem que penso nelas…
Um delicioso ‘confit de canard’, uma taça de vinho, uma água e um café…
De onde estou posso contemplar o Rio Sena e um poético pôr de Sol…
Eu fico só, escrevendo. Pouco importa se ninguém jamais ler o que escrevo.
E não me importa se meus escritos, minhas pinturas, meus quadros, minhas fotografias são bem diferentes entre si.
Através dessas diferenças, sempre procurei minha própria verdade - inconscientemente no começo, voluntariamente depois.
E, se minhas obras parecem cada vez ir por um caminho diferente, é porque elas correspondem a uma etapa da minha evolução pessoal.
Eu não quero ser famoso, eu só quero estar lá, com meus sonhos.
É melhor ser ninguém em algum lugar do que ser alguém em lugar nenhum.
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Marcadores: Crônicas
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