(Mário Quintana)

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sexta-feira, 22 de junho de 2007

O Barco da Vida II

© Walmir Lima
O Barco da Vida II
(O comentário que virou postagem)
Numa tarde, há dois Domingos atrás, eu, Estephania e Jorge diante do computador, vagando pelos Blogs.
Jorge pára diante dessa poesia, que eu havia criado em comentário no seu Blog, e começa a declamá-la em voz alta, com sua voz forte e bem sonante de radialista, e, ali mesmo, sentindo seu ritmo, compôs uma cantiga com ela. E pôs-se a cantar.

Ficou parecida com as antigas 'Cantigas de Amigo' dos tempos do Rei D. Diniz, de Portugal.

Nos entreolhamos, sorrindo feito crianças, diante do resultado, da linda brincadeira de Domingo.

E cantamos...

"Barco, barco, barco...
Barco de dois timoneiros!
Quando o barco tem dois timoneiros
Navega e qualquer direção..."

E pensei: Como somos felizes!

(imagem: medhatchristianschool)

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quinta-feira, 21 de junho de 2007

Poetando...

© Walmir Lima
Poetar é amar
O poeta que não poeta não é poeta, é poente.

Contradição
Não existe Amor Virtual. Virtual é o meio. O Amor é sempre real e palpável - não importa a distância.

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O Barco da Vida

© Walmir Lima
O Barco da Vida
para Jorge e Estephania
Barco, barco, barco...
Barco de dois timoneiros!
Que navega esse lindo caudal.

Barco, barco, barco...
Barco de dois timoneiros!
Que supera qualquer temporal.

Barco, barco, barco...
Barco de dois timoneiros!
Quando o barco tem dois timoneiros
Navega em qualquer direção.

Barco, barco, barco...
Barco de dois timoneiros!
Esse barco tem dois timoneiros
Um é flor, o outro, amor... se fez a paixão!

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domingo, 17 de junho de 2007

Fábulas e Confábulas

© Walmir Lima

Chorinho novo na Blogosfera: Nasceu o "Fábulas e Confábulas", o Blog do querido sobrinho Saulo Velasco Perez.

Sou suspeito pra falar, mas sei que capacidade não lhe falta, e, além de um nome sugestivo, o novo Blog tem uma proposta encantadora onde, segundo seu próprio autor, " preponderará o Amor, em suas diversas modalidades".

Bem-vindo, novo bebê, ao mundo do encantamento!

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segunda-feira, 11 de junho de 2007

A Mão de Deus

© Walmir Lima
‘Barcos’
Óleo do pintor George Lemos, filho do escritor Jorge Lemos e de Estephania Lemos

A cada dia, aumenta minha fé em Deus, ao ver, freqüentemente, sua clara presença e manifestação.

Deus escreve certo e as linhas, que antes eram tortas, se endireitam.

Dois exemplos...:

Primeiro, Deus queria manifestar sua palavra a todos os seres humanos e enviou seu Primogênito, como porta-voz e legítimo representante.

A forma que encontrou foi tomar um casal, José e Maria, cuja mulher, pela pureza e virgindade, era o instrumento ideal para sua concepção.

Assim o fez, e o chamou pelo lindo nome de: Jesus de Nazaré.

Depois, o Maior dos Pintores, quis expressar sua arte divina através da pintura.

A forma que encontrou foi tomar outro casal e, através dele, concebeu outro filho, enviado para ser a “Sua mão” naquela manifestação artística.

Este outro filho, então, foi concebido por Ele, de maneira cuidadosa, com a carinhosa sabedoria do Pai Extremo, para imunizá-lo das impurezas terrenas e viver, toda sua vida, na beleza da ingenuidade dos puros e especiais. E, só assim, poder, a exemplo do Outro, ser Seu legítimo representante.

Assim o fez, e o chamou pelo lindo nome de: George Lemos.

– Um ser puro e lindo, para sempre, abençoado por Deus.


(Imagem: ‘Barcos’ – Óleo do pintor George Lemos / Acervo: Walmir Lima)

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sexta-feira, 8 de junho de 2007

Saber Viver

© Walmir Lima
Cora Coralina

Saber Viver
"Não sei... se a vida é curta
Ou longa demais pra nós,
Mas sei que nada do que vivemos
Tem sentido, se não tocamos
O coração das pessoas.

Muitas vezes basta ser:
Colo que acolhe,
Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia,
Lágrima que corre,
Olhar que acaricia,
Desejo que sacia,
Amor que promove.

E isso não é coisa de outro mundo,
É o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela
Não seja nem curta,
Nem longa demais,
Mas que seja intensa,
Verdadeira, pura
... Enquanto durar."

(Colaboração: Angela Ometto/Foto: Pedro Rubens)

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segunda-feira, 4 de junho de 2007

Abrir o Coração

© Walmir Lima
Parque da Cidade - Jundiaí

Neste Domingo, fui fazer minha caminhada de sempre no Parque e, ao chegar, mal comecei a andar pela pista de pedestres, percebi que o Sol estava a fim de brincar de esconde-esconde comigo. Mas eu fui um mau menino, egoísta, e estraguei toda a brincadeira: deixei que ele me pegasse toda vez que ele aparecia.

Fui andando e pensando na Vida e na Morte...

Por vezes, me surpreendi caminhando por vários metros, de olhos fechados, ouvindo a gostosa música dos auto-falantes, sentindo a sensação estranha e, ao mesmo tempo, gostosa dos afagos da fresca brisa que soprava e dos raios de Sol, se alternando, sobre o meu rosto. E lembrei...

Pensando na vida, lembrei do quanto minha vida mudou nos últimos pouco mais de três meses.

Nossa! Apenas pouco mais de três meses desde que a Dora, minha querida psico-parteira, falou que eu precisava, de alguma forma, soltar minha criatividade artística, me expressar, e desde que o Ernesto, sugeriu que eu deveria criar um Blog (que ele, finalmente, me ajudou a montar) para ser o veículo dessa manifestação, o veículo dessa expressão.

E minha vida mudou tanto em tão pouco tempo. Tenho recebido tantas manifestações de carinho, desde então. Quanta coisa aconteceu. Quanta gente linda surgiu em minha vida, me ajudando a sentir uma das sensações que mais me tocam e me importam, segundo a Dora: a sensação de aceitação. Aceitação do que sou, de como sou e do que faço. Eu não percebia, não tinha consciência, até agora, do quanto isso era importante para mim.

Agora, recebo lindas manifestações de carinho e de gratidão pelo que escrevo, como se eu fosse o especial em toda essa história.

Como tenho conversado e dito, sinceramente, o especial não é o poeta, o escritor. O que seria dos poetas e escritores se não existissem pessoas sensíveis o bastante para entender o que foi escrito, para sentir maravilhas nele, para se identificar dentro da obra. Estes leitores sensíveis são tão poetas quanto, são tão especiais quanto, ou mais: Vêem e sentem coisas que nem o autor viu ou sentiu.

Como dizia o poeta Mário Quintana: “A função do poeta não é explicar-se, a função do poeta é expressar-se”. Basta expressar-se. O leitor-poeta não necessita de explicação – ele capta toda aquela expressão e se identifica, entende o que o poeta disse, e o que não disse também.

Outra coisa que me veio à mente é a questão da comunicação imediata dos Blogs: A gente escreve e o leitor sorve e absorve de imediato, apenas minutos depois, muitas vezes.

O interessante é que, em literatura tradicional, o que é sentido hoje, essa identificação do leitor, independe disso – pode ser entendido da mesma maneira e intensidade meses depois, anos depois. Só depende dele, leitor, do seu estado de espírito, da sua identificação com o que foi escrito...das entrelinhas.

Por isso que eu digo que, na literatura em geral, o poeta não escreve para o público leitor. Ele escreve para si mesmo, o que ele está sentindo naquele momento da inspiração. O leitor poderá se sentir atingido meses, anos, e até décadas depois, quando ler, quando vier a sentir.

Na literatura dos Blogs, pelo menos na nossa Blogosfera, existe uma imediata interação. “Conhecemos” o escritor, como ele é, como ele pensa, dialogamos com ele e interagimos nas matérias e com as matérias.

Somos leitores, escritores, musas e inspiradores ao mesmo tempo.

Interessante essa tese!

Divaguei tanto, mas queria compartilhar com vocês o que senti andando pelo Parque e o que estou sentindo nesse momento de minha vida. Aberta, clara e honestamente.

Pensei na vida, mas também pensei na morte...

E, ao pensar na morte, me entristeci um pouco.

Não por causa desse corpo, que percebo, claramente, o quanto está envelhecendo, ultimamente, rápida e inexoravelmente em direção a ela.

Entristeci-me ao pensar que essa criança, que insiste em morar dentro de mim, vai morrer tão jovem...

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Solitudine

© Walmir Lima
Solitudine


Hoje, Domingo, no Parque da Cidade, Jundiaí.
Os mesmos bancos, o mesmo lugar...
Esse lugar é mesmo mágico.
Deve ter uma energia que arrebata as pessoas.
Deve ser um daqueles ‘pontos geodésicos’,
Daqueles cheios de energia.
Esse Parque deveria se chamar
O Parque da Poesia.

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sábado, 2 de junho de 2007

Lua Azul (Blue Moon)

© Walmir Lima


Volto ao tema, atendendo a pedido, porque constatamos, com tristeza, que a atual cultura, ou falta de cultura, está quase extinguindo o romantismo de boa parte de nossa juventude e alguns, mais jovens, não sabem o que é a chamada Lua Azul. Assim, vou fazer alguns comentários sobre esse lindo fenômeno, baseado em coisas que li há algum tempo....

Blue Moon, a Lua dos românticos e enamorados, foi cantada e declamada por poetas inspirados.

Quem tem mais de 30-40 anos vai se lembrar, inclusive, da linda e famosa música “Blue Moon”, cantada pelos The Platers e que fez muito sucesso, por décadas.

Desculpem-me pela pouca voz e a “cara-de-pau”, mas, até gravei um trechinho cantando (corajosamente), mesmo sem acompanhamento, para ver se alguém se lembra.




Blue moon,
You saw me standing alone,
Without a dream in my heart,
Without a love of my own.

Blue moon,
You knew just what I was there for,
You heard me saying a pray for,
Someone I really could care for.

Blue moon,
You saw me standing alone,
Without a dream in my heart,
Without a love of my own.

Blue moon ...
Without a love of my own.


O intervalo de tempo entre duas fases idênticas e consecutivas da Lua (por exemplo, entre duas Luas novas consecutivas ou entre dois quartos minguantes consecutivos), é chamado lunação ou mês sinódico e tem a duração média de 29 dias 12h 44min 2,8s ou, aproximadamente, 29 dias e meio.

Como a maioria dos meses do nosso calendário tem a duração de 30 ou 31 dias, é possível, portanto, que uma mesma fase ocorra duas vezes em um mesmo mês.
Em particular, em determinadas ocasiões, duas fases de Lua cheia podem ocorrer em um mesmo mês: uma no início e a outra ao final.

Nos Estados Unidos há um antigo costume de se dar nomes especiais às Luas cheias de cada mês. A Lua cheia de Agosto, por exemplo, é chamada "Lua do Milho Verde" ou "Lua dos Grãos"; a de Setembro é denominada "Lua da Colheita"; a de Outubro "Lua do Caçador" e assim por diante.

De origem desconhecida, surgiu, mais recentemente, a expressão "Blue Moon" para designar a ocorrência de uma segunda Lua cheia em um determinado mês.

Existe um fascínio por ela ocorrer de forma “extra”, como que a iluminar, generosa, e com cumplicidade, a noite dos enamorados que se amam à luz da Lua.

Em um período de 19 anos, há 8 duplas luas cheias. A tabela adiante relaciona todas as "Luas Azuis" no período de 1951 a 2050. Na primeira coluna estão relacionados os anos e na segunda, as datas das duas Luas cheias para o fuso 3h a oeste do meridiano de Greenwich, que abrange a maior parte do território brasileiro.

OCORRÊNCIAS DE DUPLAS LUAS CHEIAS (1951-2050)
ANO - DUPLAS LUAS CHEIAS
1952 - Dez.01 e Dez.31
1955 - Out.01 e Out.31
1958 - Jul.01 e Jul.30
1961 - Jan.01 e Jan.31
1963 - Nov.01 e Nov.30
1966 - Ago.01 e Ago.30
1969 - Mai.02 e Mai.31
1971 - Dez.02 e Dez.31
1974 - Out.01 e Out.30
1977 - Jul.01 e Jul.30
1980 - Jan.02 e Jan.31 - Mar.01 e Mar.31
1982 - Nov.01 e Nov.30
1985 - Jul.02 e Jul.31
1988 - Mai.01 e Mai.31
1990 - Dez.02 e Dez.31
1993 - Ago.02 e Ago.31
1996 - Jul.01 e Jul.30
1999 - Jan.01 e Jan.31 - Mar.02 e Mar.31
2001 - Nov.01 e Nov.30
2004 - Jul.02 e Jul.31
2007 - Mai.02 e Mai.31
2009 - Dez.02 e Dez.31
2012 - Ago.02 e Ago.31
2015 - Jul.01 e Jul.31
2018 - Jan.01 e Jan.31 - Mar.01 e Mar.31
2020 - Out.01 e Out.31
2023 - Ago.01 e Ago.30
2026 - Mai.01 e Mai.31
2028 - Dez.01 e Dez.31
2031 - Set.01 e Set.30
2034 - Jul.01 e Jul.31
2037 - Jan.01 e Jan.31 - Mar.01 e Mar.31
2039 - Out.02 e Out.31
2042 - Ago.01 e Ago.30
2045 - Mai.01 e Mai.30
2048 - Jan.01 e Jan.30
2050 - Set.01 e Set.30


No intervalo considerado (de 1951 a 2050), a partir de 1980, há a ocorrência de "Luas Azuis" duplas (uma em janeiro e a outra em março), repetindo-se a cada 19 anos (1980, 1999, 2018 e 2037).
Na cultura oriental, principalmente a hindu, ela é considerada um acontecimento de muita força magnética e poder espiritual, onde acontecem profundas purificações emocionais, pelo alinhamento dos astros.

No ocidente, a Lua Azul, foi projetada como uma Lua romântica propícia ao Amor e ao Prazer.

Sua aura romântica e poética passou a ser associada à crença de que era propícia ao romance e ao encontro de parceiros.

Surgiu o termo inglês “Blue Moon”, significando algo muito raro, impossível, dando origem a inúmeras músicas e poemas melancólicos ou esperançosos.

Na Mitologia Celta, esta Lua favorece o contato com o Reino Encantado dos seres da natureza.

Ela é “aquela que se torna a visão”, a guardiã de todos os ciclos de transformação, a mãe das mudanças. Esta Matriarca nos ensina a importância de seguir nosso caminho sem nos deixar desviar por ilusões que possam vir a interferir em nossas visões.

Cada vez que nos transformamos, realizando nossas visões, uma nova perspectiva e compreensão se abrem, permitindo-nos alcançar outro nível na eterna espiral da evolução do espírito.

A última visão a ser alcançada é a decisão de simplesmente SER. Sendo tudo e sendo nada, eliminamos os rótulos e definições que limitam nossa plenitude.

Para criar uma atmosfera adequada a uma celebração da Lua Azul, use velas e roupas azuis. Prepare "água lunarizada" expondo garrafas de vidro azul, cheias de água, aos raios lunares. Prepare “travesseiros dos sonhos” enchendo uma fronha de tecido azul com flores de sabugueiro, lavanda ou alfazema, folhas de artemísia e sálvia. Imante cristais e pedras azuis como o topázio azul, a safira, o berilo, a água-marinha, o lápiz-lazuli ou a sodalita.

Usando músicas com sons da natureza, como pios de corujas, cantos de baleias ou uivos de lobos, permita que sua criatividade e intuição levem-no(a) ao Reino das Fadas ou ao encontro das Deusas Lunares.

Olhe fixamente para a Lua, eleve seus braços e “puxe” a luz da Lua para sua testa, seu coração e seu ventre.

Conecte-se, em seguida, à Matriarca, pedindo-lhe orientação sobre as mudanças necessárias para alcançar uma real transformação.

Permaneça, depois, em silêncio e ouça as mensagens e respostas ecoando em sua mente ou alegrando seu coração.”

Nos encontraremos na próxima Lua Azul.

(fonte: Planetário e Escola Municipal de Astrofísica de S. Paulo / Mirella Faur / Héctor Astro)

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sexta-feira, 1 de junho de 2007

A Lua Azul me contou...

© Walmir Lima

A Lua Azul me contou

A Lua Azul me contou
Que viu rostos galantes
Que os viu deslumbrantes
Em seu brilho de luz

A Lua Azul me contou
O segredo de amantes
Que iluminou por instantes
No pratear das paixões

A Lua Azul me contou
Que a energia captada
Foi então renovada
E disse aí que chorou

Que seu raio brilhante
Clareou por instante
Esses corpos ardentes
A pulsar corações

A Lua Azul me falou
“Volto logo mês de Maio
Só vou olhar de soslaio
Cada beijo molhado
Cada corpo tocado
Sob a luz dessa noite"

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