(Mário Quintana)

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quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Nossa Nova Infância

© Walmir Lima

Você é assim
Um sonho pra mim
E quando eu não te vejo
Eu penso em você
Desde o amanhecer
Até quando eu me deito...

Eu gosto de você
E gosto de ficar com você
Meu riso é tão feliz contigo
O meu melhor amigo
É o meu amor...

E a gente canta
E a gente dança
E a gente não se cansa
De ser criança
A gente brinca
Na nossa velha infância...

Seus olhos meu clarão
Me guiam dentro da escuridão
Seus pés me abrem o caminho
Eu sigo e nunca me sinto só...

Você é assim
Um sonho pra mim
Você é assim...



Esta canção, "Velha Infância", dos Tribalistas, é uma 'fotografia musical' tirada agorinha mesmo, quando nós estavamos distraídos, entregues à nossa paz e felicidade, a dois.




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domingo, 16 de agosto de 2009

Quero Viver!

© Walmir Lima
Piero, Angela e Alice

Quero Viver!

Mais do que nunca, quero viver!

Posso sentir o Amor batendo à porta,
Na soleira - não esqueceu meu endereço.

Posso sentir o perfume da mulher amada
A inebriar meus sentimentos e sentidos
Aqui dentro, sem saber,
A me dizer "te amo"...

Posso sentir a vida florescendo a cada momento
A renascer, de novo
Na doce candura da vida de meus netos -
Meu gene renovado, purificado, outra vez.

O coração me diz: "Vive!"
Pelas palavras ressonantes do silêncio Divino
Que fala alto em seus símbolos de dizer,
Mesmo sem se ouvir.

Mais eloqüente que a soma dos livros já escritos
E aqueles a escrever,
Me falou de novo nesse Domingo,
Dia 9, Dia dos Pais,
Pelos olhos lacrimejantes de meu filho, Piero,
Que me disse:

"Vem cá, pai, senta aqui...

Vou ser papai!"
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domingo, 9 de agosto de 2009

Quatro Filhos - Dia dos Pais

© Walmir Lima
Hector, Angela, Piero e Thiago

Quatro filhos

Quatro filhos são quatro lágrimas
quatro risos
quatro verdades

Quatro sorvos de água pura
pão da terra de semeio

Quatro filhos são quatro afagos
quatro dores
quatro maldades

Quatro arcas feitas de ouro
onde arrecado meu receio

E mesmo quatro desenganos
quatro filhos são quatro favores

Quatro bagos do mesmo trigo
quatro rios no mesmo leito
num só peito
quatro amores






(Imagem: Praia de Santos, 02 Agosto de 2007 / inspirado na poesia de Soledade Costa)

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sábado, 1 de agosto de 2009

Princípios e Mágoas

© Walmir Lima


Isso foi há anos, quando as coisas ainda não estavam tão definidas. Quando a gente ainda podia mudar o curso das coisas, se soubesse como fazer.

Éramos apenas dois jovens, virgens, fogosos e intensamente atraídos um pelo outro.

Ela era perfeita. Ela sempre foi perfeita.

E eu queria que ela continuasse assim... dessa maneira.

Queria que ela fosse jovem... jovem e madura, de alguma forma.

É claro que não era o que parecia para ela, mas, eu simplesmente não a possuí naquela noite.

-o0o-

Quando nos encontramos depois de certo tempo, falamos de muitas coisas, mas nunca daquilo.

Falamos do amor em geral, como se fosse tema de dissertação, e não como algo real.

Ela disse que o amor era como pular de um penhasco, ou como quase se afogar...

Honestamente, por muito tempo eu não entendi o que ela quis dizer.

Quer saber o motivo pelo qual eu parei naquela noite? Não foi por nobreza de caráter.

Isso foi o que eu disse a mim mesmo.

- Temos todo o tempo do mundo, certo? Pensei.

Mas, eu sabia que algo seria roubado de nós, e que algo desconhecido tomaria seu lugar - algo de que nós não sabíamos.

Restou a mágoa e a decepção a constatar que alguns momentos definem nossas vidas.

Às vezes, apenas um momento e, depois, passa...

Para sempre...





(Esse texto é uma parábola que fiz publicar no Jornal Cidade de Santos, em 1975 - Imagem: Óleo sobre tela "Storm at Sea")

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